Um outro motivo para os homens cultivarem bhakti é não poderem se libertar da própria individualidade. Vocês podem durante algum tempo refutar esta individualidade pela razão, mas ela volta sempre; ninguém pode libertar-se de si mesmo, desta pessoa que diz: “eu, eu”.
Ou eu é como uma moringa de água; o absoluto é o oceano sem limite no qual mergulhamos a moringa. Podemos demonstrar que o infinito, o absoluto, está ao mesmo tempo no interior e no exterior da moringa, mas ninguém podem libertar-se da moringa, nem jogá-la fora, enquanto usar o raciocínio. Enquanto raciocinamos, o absoluto existe de fato em relação a nós. Esta moringa que não podemos eliminar é o eu, a individualidade do amor divino. Enquanto existir a moringa, o eu, haverá ao mesmo tempo eu e tu. Por exemplo: “Tu és o Senhor, eu sou teu servo”. Podemos levar o raciocínio até suas últimas consequências, mas o eu, a individualidade, subsiste.
Ramakrishna – Revista Planeta Especial Ramakrishna de fev/1975
Perguntaram um dia a Sri Ramakrishna: “uma pessoa pode realizar Deus se não venceu suas paixões? Um cavalo teimoso seguirá o caminho reto se não tiver antolhos?” Ramakrishna respondeu: ‘Esta é a doutrina da jnanaioga, o caminho do discernimento que leva diretamente a Deus. O jnanin diz que antes de mais nada o coração deve estar puro. Devemos primeiro praticar grandes austeridades e o jnana virá em seguida.’ (Revista Planeta Especial Ramakrishna de fev/1975)
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