Corpos (Camadas) / Koshas (Kośa / Koṣa)

Koshas são camadas que recobrem e velam a consciência.

Cada kosha é um invólucro, revestimento, como uma bainha que, neste caso, envolve outro kosha. A Taittiriya Upanishad cita cinco koshas (pancha kosha) que revestem o ser humano, camadas que se envolvem sucessivamente, e interno a todas elas está o ser, o si mesmo – atman. Essas camadas podem ser consideradas camadas de ignorância, uma vez que é necessário transcendê-las para se chagar ao ser. Todas essas camadas (corpos), no ser humano, possuem a forma humana.

Essas camadas podem ser relacionadas aos princípios de tattvas do Samkhya Darshana.

Camadas - Koshas

Na composição das palavras sânscritas a seguir, o termo maya pode ser entendido tanto como afixo de palavras significando “feito de”, “consistindo ou composto de”, como em seu significado mais profundo como “irreal”, “ilusório”. Maya é as duas coisas.

Note que cada camada ou corpo é naturalmente envolvida e preenche a camada mais externa. Esse envolvimento não se dá como as camadas bem delimitadas de uma cebola, mas com uma integração dinâmica entre elas. Podemos fazer uma analogia com o Sol: o núcleo é a região central onde se “origina” a energia – no humano, esse núcleo seria a Alma ou o Ser. Imaginemos cinco camadas de acordo com sua distância a partir desse centro. Quanto mais próxima, mais influências ela recebe do núcleo. Essas camadas se impregnam mutualmente, e isso não ocorre somente com as camadas vizinhas ou subsequentes.

Como cada camada preenche a subsequente, desde a não-camada (Alma, o centro do nosso Ser) até a camada “5”, o corpo físico (mais externa), todas são impregnadas umas pelas outras, em maior ou menor grau, dependendo do grau de não-separatividade ou integração da pessoa. Ou seja, no corpo físico recebemos influência das energias sutis, das camadas da mente, do corpo causal e do próprio Ser.

Vamos apresentar os corpos ou camadas na ordem reversa àquela em que foram criados, ou seja, do mais denso (último a ser criado) ao mais sutil (primeiro).

5. Annamaya kosha – Corpo físico

(Annamayakośa)

A camada física, o corpo físico ou material ou corpo de alimento. Anna significa alimento, que compõe e sustenta todos os corpos físicos.

É sthulasharira (sthūlaśarīra) = corpo grosseiro. Sharira significa corpo e sthula, grosseiro.

A delimitação do corpo físico é a mais fácil de perceber. Ele recebe as emanações das camadas mais interiores (listadas a seguir), as quais, junto com a própria emanação física, permanecem expandindo-se além dos “limites” do corpo físico: é o que chamamos de aura.

Nossas camadas também interagem com as energias externas: do ambiente e de outros seres e suas camadas.

O corpo físico, por si só, é matéria inerte. Sua vitalidade vem do corpo astral (prana + complexo mental; as três camadas enumeradas a seguir). O que dá origem ao corpo astral é o corpo causal, que por sua vez tem sua fonte em Atman (a Alma ou Deus) – ele é constituído de ideias ou sonhos do Criador.

4. Pranamaya kosha – Corpo energético

(Prāṇamayakośa)

Corpo constituído de prana – energia e alento vital. Esta camada preenche toda primeira camada ou mais exterior (annamaya kosha), pela qual é envolvida.

O prana vitaliza o corpo físico e os sutis e os mantém unidos. Não é por causa do corpo físico que esse corpo energético existe, pranamaya kosha não é uma emanação de annamaya kosha mas, ao contrário, vitaliza este último e é, portanto, seu alento vital.

Dos animais aos devas, todos existem por conta do prana, respiram prana na forma de ar, sendo o prana a vida de todas as coisas. Quando o prana (energia vital) deixa um corpo, como o corpo físico, este falece.

Pranamaya kosha é um todo indiviso, uma unidade, apresentado como um emaranhado de correntes energéticas, canais sutis e centros de força.

Em outras tradições, também é chamado ou entendido como corpo etérico, campo bioelétrico, duplo etérico etc.

3. Manomaya kosha – Manas – Corpo mental sensorial, mnemônico e emocional

(Manomayakośa)

O corpo da mente sensorial, mnemônica (contém as memórias) e emocional, chamado manas é formado por sua essência (instrumento interno de percepção e gerenciamento), os cinco órgãos de conhecimento (faculdades sensoriais mentais que recebem informações dos sentidos da visão, audição, olfato, paladar e tato) e as correspondências mentais dos cinco órgãos de ação.

Manas é também a sede dos sentimentos e das emoções.

É uma camada mais interior a pranamayakosha e é o domínio das funções mais mecânicas (como percepções e memória) da mente.

Manas percebe o mundo através das informações que recebe dos órgãos e sentidos e armazena uma biblioteca de impressões e percepções – consciente e subconscientemente. Atua, assim, como uma espécie de administrador ou computador central. E, como tal, é capaz de realizar tarefas automáticas, sem que o componente pensante superior da mente precise participar.

Manas também rejeita ou aceita tais percepções, de acordo com aquilo que está apta ou desejosa de sintonizar – kamarupa: por sua vontade ou desejo (kama), percebe, assume ou identifica-se com as formas ou aparências (rupas) dos objetos.

É importante salientar que manas e a mente como um todo não guarda relação somente com a cabeça ou o cérebro, mas com todo o corpo. Está em cada parte, cada célula de nosso corpo. Elas guardam memórias, de vários tipos, tanto pessoais como ancestrais, hereditárias, trazidas desde o nosso longínquo passado evolutivo.

Existe inteligência em todo o nosso corpo, e suas partes guardam conhecimento fisiológico e funcional, a maioria deles inconsciente para nós. Mas essa memória sutil pode ser despertada e acordada – a melhor forma de fazê-lo é através do mergulho interior, que pode ser proporcionado pela meditação e ou por potências de autoconhecimento como a Ayahuasca.

Se alguém toca em determinado ponto do nosso corpo físico, ou atingimos nós mesmos outro ponto através dessa interiorização, é possível despertar potencialidades, sensações, sentimentos e até movimentos e práticas esquecidas no subconsciente (nas informações intelectivas coletadas em sua vida) e no inconsciente (na fisiologia hereditária, e talvez também pessoal se considerarmos a possibilidade de reencarnação).

As impressões gravadas mais ou menos conscientemente nesta vida e em experiências passadas (hereditariamente ou reencarnatoriamente) são chamadas samskaras.

Ahamkara – sentido de “eu”

Essas impressões exteriores reforçam a ideia de separatividade e a consciência individual ou sentido do ego, a partir das informações dos sentidos recebidas por manas ou mente sensorial e das experiências processadas e armazenadas por ela e pelo intelecto.

Esse sentido de “eu”, o ego, consciência do eu, autoconceito é ahamkara, sua identidade. Através de ahamkara, o experimentador intelectual (buddhi) identifica-se com a experiência e separa o eu do outro.

Vemos que além de ahamkara, mais profundamente, há ainda outras camadas, os corpos intelectual e causal, e então o seu Ser Real. Por esse motivo a personalidade não pode ser a sua verdadeira essência e toda realização a partir do ego nunca será profunda, pois ele é superficial por sua própria natureza.

2. Vijnanamaya kosha – Buddhi – Corpo intelectual ou do discernimento

(Vijñānamayakośa)

Preenche e é envolvido pelo corpo ou camada mental sensorial.

Vijnana, literalmente “conhecimento discriminativo” (com outro significado possível: “não-conhecimento” ou “apartado do conhecimento real”), significa conhecimento intelectual e experiencial direto, aquilo que o ser experimenta e processa com a mente através de inferências e informações dos sentidos físicos, dos instrumentos de ação e das faculdades parapsíquicas.

O conhecimento dos mundos manifestados, tanto teórico como sua aplicação prática na vida, é vijnanaConhecimento científico ou experimentado é vijnana.

chela » Significado » Sânscrito » Vijnana (Vijñāna)

Vijnanamaya kosha é o intelecto, buddhi. Chamado de corpo búdico em outras tradições.

Buddhi reflete o estado de Consciência do Ser que está além dele, no centro, e também vivencia e discerne a experiência sensorial e corporal, mais superficiais. Buddhi é assim a faculdade de conhecer o mundano (vijnana), a criação resultante do movimento expansivo do Ser, quando olha para o exterior, e também a potencialidade de conhecer – ou, mais exatamente, relembrar – o divino ou se autoconhecer (jnana), quando se interioriza, verte sua atenção para o próprio Ser, no sentido da dissolução da criação (laya), ou mais exatamente, da dissolução de maya. Quando alguém realiza este último, é um buda.

Quanto maior o autoconhecimento, mais centrada (próxima ao centro) a pessoa se torna. Quanto menor, mais ela viverá somente na superficialidade – corpo, energia, mente sensória, ego e parte intelectiva voltada para a matéria.

Assim como manas, a experiência intelectual pode ser registrada tanto consciente como subconscientemente.

Em vijnanamaya kosha, as informações recebidas por manas são interpretadas, ganham significados, e agregam-se às experiências atuais da pessoa e seus aprendizados, bem como aos samskaras. Buddhi ou intelecto é também a parte da mente aonde se determina a ação e se toma resoluções. Serve de base para ahamkara.

Se voltada para o intelecto inferior (externo, e corpos mais externos), a experiência reforça a personalidade, o ego. No caso de um buscador, sua força intelectual se voltará para as camadas “superiores” ou internas.

Sukshmasharira (Sūkṣmaśarīra) ou Lingasharira (Liṅgaśarīra) é o corpo sutil ou psíquico constituído dos três corpos acima – prana, mano e vijnanamaya kosha -, possuindo portanto energia, impressões, memórias e discernimento, que são capazes de criar o seu próprio mundo durante os sonhos. Diz-se que é impulsionado por tendências de vidas passadas.

Em buddhi predomina sattvaguna; em ahamkara predomina rajas; e em manas e em indriyas e seus objetos predomina tamas.

John George Woodroffe em O Poder da Serpente, p. 41

Antahkarana – Mente ou consciência individual

Antahkarana são os instrumentos internos da consciência (ou mente quádrupla), constituído de manomaya kosha (mente sensorial, mnemônica e emocional), de ahamkara (ego), de vijnanamaya kosha (intelecto superior) e da mente subconsciente – que envolve essas camadas e é o depósito ou reservatório de impressões e memórias.

Antahkarana corresponde a chitta na filosofia Vedanta e é o que chamamos de mente.

Antahkarana ou mente é considerada uma somente, mas recebe diferentes nomes de acordo com as funções de seus componentes: mente sensorial, emocional, intelecto e ego (ahamkara), em seus aspectos conscientes e subconscientes.

Corpo astral

Paramahansa Yogananda chama de corpo astral a associação desse conjunto de corpos (antahkarana) e seus instrumentos, com o corpo energético (ao qual chama também de biotrônico). Ele apresenta esse corpo astral constituído de 19 elementos: inteligência (buddhi); ego; sentimento; mente sensorial e seus 5 instrumentos de conhecimento e 5 instrumentos de ação; além dos 5 instrumentos de força vital.

Nessa classificação o corpo do ser humano é dividido em:

A consciência individual e a Consciência Cósmica

A Consciência real é Atman, seu centro. Vimos que está além do intelecto, do ego e é cósmica. Antahkarana (mente) e o corpo físico (incluindo o cérebro) são upadhis (veículos ou expressões veladas) da Consciência.

A esses veículos da Consciência, sobretudo mente e cérebro, damos o nome de consciência com c minúsculo, “consciência de si” ordinária, individual.

Não é por causa da mente e do cérebro que a Consciência existe, mas eles são meios de manifestação desta. Quando o cérebro se danifica, pode passar a não ser mais um veículo capaz de refletir e manifestar essa Consciência.

A consciência reflete mais ou menos a Consciência dependendo do grau de autoconhecimento do ser. Na matéria bruta, a Consciência é tão velada que seu aspecto é inconsciente.

1. Anandamaya kosha – Corpo causal ou Camada da existência

(Ānandamayakośa)

Preenche e é envolvida por Vijnanamaya kosha.

Ananda significa êxtase, bem-aventurança, felicidade suprema. É sobretudo um aspecto da existência (Sat–Chit–Ananda).

Em anandamaya kosha não existe antahkarana ou a percepção individual – na ordem da criação, ainda não surgiu o sentido do ego. Aqui, então, sua “consciência do eu” ou “do corpo” pode não existir ou ser muito expandida.

É nele que podemos chegar no estado de meditação profunda ou sob efeito de um enteógeno como a Ayahuasca.

O ser reside em Anandamaya kosha no sono sem sonhos, aonde a mente e a consciência ordinária não estão. Ao acordarmos, geralmente podemos trazer somente a sensação desse domínio causal. No estado desperto, todos temos consciência e mente. No estado de sonho, temos mais ou menos consciência, e mente sem os objetos dos sentidos físicos. Aqueles que penetram com alguma consciência o estado de sono sem sonhos, que está além da mente, desfrutam dessa bem-aventurança e estão às portas de iluminação. Esse estado além dos três ordinários (vigília, sono com sonho, sono profundo sem sonhos) chama-se turiya.

Anandamaya kosha é chamada nas Upanishads também de karana sharira ou corpo causal (das causas), pois é o corpo-semente, que contém as potencialidades, ideias seminais ou origens (desejos e impressões) daquilo que é manifestado, ou seja, dos corpos acima descritos. É o inconsciente profundo. Essas ideias ou sonhos da Alma ou Deus dão início à criação, tanto microcósmica como macrocosmicamente.

Em algum lugar entre a mente e anandamaya kosha, imersas na mente subconsciente, estão gravadas as impressões mais significativas – experiências marcantes, culpas, emoções reprimidas, desejos profundos, etc. -, que se tornam as sementes e pontos de atração para existências futuras após a desencarnação.

Desejos mundanos tendem a recriar um corpo físico deste plano. Anseios espirituais ou desapego material podem levar a estadias prolongadas em mundos mais sutis. Ao reaparecer o desejo mundano ou espiritual, o indivíduo tende a ser atraído novamente para o respectivo plano.

Anandamaya kosha é a camada mais profunda (interior) e próxima ao Ser ou Atman.

É também chamado chinmaya (Chit maya) ou invólucro (maya) da Consciência (Chit).

Estando mais próxima ao Ser e tendo essa natureza criativa, também daqui surgem resolução de problemas, intuições – aquele processo que se dá quando a mente e o intelecto relaxam ou são obrigados a parar, abrindo espaço para a inteligência intuitiva, para a inspiração, seja por meio do simples aquietamento mental, do sono, da distração, da música, da meditação…

Microcosmicamente, anandamaya kosha é a própria Prakriti, a causa e origem de todos os corpos sutis e físicos. Daqui procedem os corpos sutis listados acima, até chegarmos ao corpo físico. Dessa forma, esse corpo dura até a liberação final de samsara do ser (aonde torna-se o Espírito Incorpóreo, Paramatman), servindo como fundamento da criação de novos corpos.

Anandamaya kosha, por Swami Satyananda Saraswati

Anandamaya kosha (o corpo de êxtase) é a dimensão transcendental da personalidade humana que existe na ausência total de prazer ou dor. É muito importante, mas difícil de explicar. ‘Ananda’ foi mal interpretado como ‘felicidade’, ‘alegria’ ou ‘bem-aventurança’. Na verdade, é um estado particular em que não há consciência da dor nem do prazer. Nesse momento, uma homogeneidade total é experimentada, e esse estado de consciência homogênea é conhecido como anandamaya. Normalmente, quando você sente dor ou prazer, isso produz flutuações mentais. Significa que a dor é uma experiência, assim como o prazer. Mas em anandamaya kosha, o corpo mais sutil de todos, não há experiência. O instrumento da experiência foi totalmente transcendido.

No final das contas, a prática contínua de yoga nidra o levará direto a este ponto, onde apenas a vibração fundamental do inconsciente permanece, sem flutuação ou modificação. Esta é a experiência mais profunda da yoga nidra, a dimensão da inconsciência total – anandamaya kosha ou corpo de êxtase.

Esta experiência homogênea foi definida claramente por Adi Shankaracharya no antigo texto Yoga Taravali:

“Quando a mente transcende maya (ilusão),
Quando o ego torna-se estático,
Quando os sentidos não estão mais funcionando.
E quando toda a comunicação entre a mente e os sentidos é cortada,
Quando ‘eu’ e ‘você’ não mais existem por um período de tempo…”

Swami Satyananda Saraswati em Yoga Nidra

(Não-Camada) Seu centro – Atman

E aqui está o seu centro, o seu Ser ou Atman. Aquilo que você é, a própria Consciência (Chit), antes de ser velada pelas camadas de ilusão (maya koshas) citadas acima.

Patanjali emprega os termos Purusha (do Samkhya) e Ishvara para esse nosso Ser.

Termos alternativos

Em A Doutrina Secreta – Vol. I – Cosmogênese (p. 201, 1ª ed., 23ª reimpressão), H. P. Blavatsky cita os corpos aqui apresentados e os correlaciona, para fins didáticos, com os “três princípios do homem” do sistema intelectual e espiritual Taraka Raja Yoga, que são:

  • Annamaya kosha e pranamaya kosha = sthulopadhi: corpo grosseiro (sthula: grosseiro + Upadhi: corpo que vela/encobre);
  • Manomaya kosha e Vijnanamaya kosha = sukshmopadhi: corpo sutil (sukshma: sutil + Upadhi);
  • Anandamaya kosha = karanopadhi: corpo causal (karana: causa + Upadhi);

Esse sistema igualmente apresenta a Alma ou Atman no centro, após o corpo causal.

Meditação

Uma meditação que trabalha o mergulho nas camadas mais profundas de nosso ser e, quem sabe, na Alma, é a Atma-Vichara – Quem sou eu?, a técnica de autoinquirição de Ramana Maharshi.

Estudo adicional

FAQ – Questões sobre Corpos (Koshas)

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