Karma (kārma) / Carma - Ação

▶ da raiz kri (kṛ): fazer; criar; construir. Atuar.

Karma significa ação; ato; trabalho; atividade.

E também o resultado dessas ações: efeitos das ações passadas, desta vida ou de vidas anteriores.

Karma como tendências da alma

Essas ações produzem memórias em nós, gravam impressões que geram tendências inatas. Por isso, o autor japonês Ryuho Okawa, em A Essência de Buda (ou audiolivro faixa 44: O que é o karma?), chamou karma de “tendências da alma”.

Essas tendências influenciam na direção de nossas vidas, das situações que procuraremos ou que se apresentarão para nós, mas uma fração de nossas novas ações sempre terá o aspecto da liberdade, do livre-arbítrio, para novos direcionamentos.

Talvez algo tenha que nos acontecer, mas cabe a nós escolhermos formas mais elevadas de lidar ou responder a isso ou irmos pelo caminho mais fácil, seguindo as velhas tendências predominantes e, neste caso, aceitando a perpetuação de uma predisposição negativa, sucumbindo ao fatalismo. (ver Karma e destino, por Paramahansa Yogananda)

Lei do Karma

A lei do karma consiste, assim, na lei de ação e reação, de causa e efeito.

Qualquer energia, seja por meio de palavras, pensamentos e atos que o ser humano coloca em movimento deve voltar para ele, cedo ou tarde, nesta vida ou em uma vindoura.

Os textos védicos e Patanjali atestam que o novo nascimento do ser (jiva) pode dar-se em outras espécies, conforme a natureza de suas ações. Assim, reencarnamos em corpos adequados ao nosso karma.

“O Ser encarnado, por meio das boas ou más ações cometidas por si mesmo, assume diversas formas, grosseiras e finas. Em virtude das suas ações e também pelas características da sua mente, tais como conhecimento e desejos, o Ser assume outros corpos para poder desfrutar os objetos materiais.”
Shvetashvatara Upanishad V.12, traduzido por Carlos Alberto Tinôco em As Upanishads

A ciência que lida com o karma e a maneira de escapar de sua influência através da própria ação chama-se Karma Yoga.

Ação e ressonância

Toda ação produz seu fruto. Pensamento também é uma forma ação e deve produzir seu fruto; interiormente nos conduz a determinadas novas ações e exteriormente vibra até encontrar ressonância com outros pensamentos similares, do mesmo padrão vibratório, que também viajavam para encontrar seus similares.

Conforme explica Vivekananda no início do cap. 6 de Karma Yoga, ao vibrar na mesma frequência, esses pensamentos exteriores nos influenciam a novos pensamentos similares, nos induzindo a um círculo vicioso que pode se retroalimentar, ou seja, quem pratica boas ações é estimulado a praticar cada vez mais boas ações, da mesma forma de quem pratica más ações tenderá a repeti-las.

Saindo de padrões negativos ou baixas frequências

Para esse último caso, a saída pode ser a nossa conexão não só com o que ou quem nos é afim no momento, mas com todo o Universo. Não há um ser, animado ou inanimado, que não esteja conectado e não seja o próprio atman ou brahman, ou em termos cristãos que não possua em si mesmo o Espírito Santo divino.

Se você pratica más ações, se você não é correto ou correta, você não pode ser feliz. Você pode ter sensações de euforia ou felicidade, mas você não é feliz. Isso porque somos uma Unidade, o mal que alguém faz o está fazendo contra si mesmo. Sua própria consciência não o deixa relaxar, desfrutar plenamente.

Sabemos que um conselho como “seja bom” ou “seja melhor” pode soar inútil e parecer existencialmente difícil de executar mas, se você entendeu essa ressonância, percebeu que uma mudança sutil no padrão de comportamento pode dar a partida a uma série de repercussões que em última instância levará a mudanças significativas no seu padrão vibratório, na sua energia.

O amor cura, procure amar mais. Se você não sabe como, entenda aqui.

Procure atividades e conteúdos que elevem a sua vibração. Você já deu uma olhada nas Mensagens, palestras espíritas e programas para elevar sua vibração ou no Momento Espírita?

Talvez a maneira mais fácil de alterar nosso estado de consciência e vibração seja através da música. Coloque músicas que você goste para tocar.

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Finalmente, a negatividade não faz parte da sua natureza, da sua essência, por mais que por vezes pareça o contrário. Sua essência é êxtase, felicidade; esta é a essência de toda a Criação. Portanto, você sairá da espiral negativa, a única questão é quando.

Como manter a alta frequência vibracional

Para sair de baixas frequências ou mantê-las elevadas, vou reproduzir aqui os tópicos baseados em uma palestra ministrada em meio espírita que há alguns anos ouvi em uma dessas rádios e que, portanto, não tenho como dar o devido crédito e referência, a não ser apontar o nome do orador, “Irmão Maurilio“, e a temática, Como manter a frequência vibracional.

Ore: Quando você se ilumina para a oração e pela oração, essa luz afasta espíritos negativos ou de baixa vibração e padrões energéticos e mentais negativos.
Ouça músicas positivas: músicas alegres ou de alguma forma espirituais e de amor (não amor egoísta, possessivo, etc.), Gospel, mantras, etc.
- Músicas negativas deturpam nossas energias e nos colocam em frequências mentais deletérias.
“Vigie”: Xingou? Caiu a vibração. Brigou, ficou bravo? Caiu a vibração.
- Evitar reclamar e lamuriar.
Agradeça.
Viva a própria vida, não ser espectador ou telespectador da vida (ou ficção) dos outros.
Sorria, alegria é fundamental.
Trabalhe com honestidade: Trabalho é a maneira de servir ao próximo, pode ser profissional ou não.
Evite se expor a notícias ruins: se você gosta de se manter informada, observe-se e perceba até que ponto isso não está derrubando sua energia. Neste caso, pode ser interessante encontrar o ponto de equilíbrio ideal entre a informação do mundo e o seu próprio centramento.
- Há certos programas jornalísticos televisivos que são só violência e desgraça. Estes são desaconselháveis.
Passe mais tempo com os entes ou as pessoas queridas: coloque o amor em prática.

Tópicos

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💫 Karma e a Psicologia
💫 Karmin: excesso de orientação material

“A vida dos homens não está a tal ponto determinada que os menores detalhes lhe sejam ordenados de antemão.”
Chandi Das, em A Índia Secreta, de Paul Brunton

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