Existencial

Quando dizemos existencial ou existencialmente queremos dizer experiencial, holisticamente, na totalidade do que o indivíduo (seré e experiencia, não apenas na mente – psicologicamente -, mas também espiritualmente (como ser, alma) e muitas vezes também emocional e fisicamente.

De certa forma, se estamos conscientes de nossa totalidade, toda experiência é existencial.

A qualidade de ser (sat), existir, é um dos três aspectos do ser em si, juntamente com consciência (chit) e bem-aventurança ou êxtase (ananda). Isto é, ela é, você existe.

Sim, eu amo esta palavra

Esta palavra existencial, ou existencialmente, aparece tanto neste site porque em geral não estamos tratando de mera teoria ou filosofia, mas da realidade experiencial.

Embora a experiência e o conhecimento tenham de ser definidos e passados através da linguagem, de conceitos, não perca de vista que estamos nos referindo àquilo que é experimentado existencialmente.

A palavra, o conceito não é o ponto, mas aquilo ao qual eles se referem o é. Podemos, assim, citar (ou não) trechos de livros ou manuscritos antigos, não baseados em alguma autoridade concedida a eles – seus autores ou personagens – ou “porque está escrito“, mas na correspondência daquilo que é dito com a própria experiência holística e espiritual.

Existencialmente falando, cada ser é um universo

Existencialmente, ou seja, a partir de sua experiência existencial, o seu próprio ser é a única coisa que existe, e a sua autorrealização é o que mais importa, tudo o mais é ilusão.

Por isso que o despertar de uma só pessoa vale as centenas ou milhares de horas gastas por um professor ou mestre.

Em outras palavras, a partir do seu centro como consciência individual, o universo inteiro está fora. Quando você fecha os olhos ou entra em sono profundo sem sonhos, para sua experiência existencial o mundo não existe. Por isso, os sábios o chamam de maya. As coisas, pessoas e situações (que também têm sua existência), para você, estão todas fora, e suas representações são formadas, mais ou menos fidedignamente, em seu mundo interior.

Da mesma forma que você existe, o outro também é, também existe, também é um ser holístico e autouniverso que têm consciência, corpo, mente, sensibilidade. É algo óbvio, mas por mais das vezes passamos por alto essa consideração ao outro.

E o outro não são somente seres humanos, mas todos os animais, plantas e outros seres. Ao conhecer que os animais que geralmente são utilizados para alimentação humana não são coisas e que assim como nós experimentam sofrimentos existenciais, faz com que todo buscador, mais cedo do que tarde, apoie ou adote a causa vegana e ou a produção e consumo orgânicos e “humanizados” de produtos animais.

Isso porque, no caminho de nos tornarmos mais conscientes, não podemos “escolher” estar inconscientes de algo, ou melhor, ignorar algo que conhecemos, sem que nossa consciência como um todo se torne menos lúcida. E isso também a nível cerebral, neuronal: a pessoa cria – ou deixa de criar – certas sinapses e ativa receptores cerebrais ligados à amenização da sensibilidade, que acabam por ir normalizando e aumentando sua inconsciência ou ignorância.

Para o argumento “mas os animais não têm alma” a resposta mais precisa é: se os animais não têm alma, nós também não temos! Mas o que certamente eles e nós temos é um ser, e as raízes desse ser de ambos são até mais profundas ou transcendentais do que aquilo que costumamos considerar a “alma”. Mesmo nessa possibilidade, respeitar a existência senciente, sensível e finita deles (e nossas) como constituição corpo e mente se tornaria ainda mais fundamental, sagrado. Mas eles (e nós) de fato temos, ou melhor somos, consciência.

Dito isso, o fato existencial é que o outro está, em nossa caminhada individual, fora. E o caminho e aquele que o percorre é interior, ali tem sua essência, sendo o exterior sua manifestação. É por isso que a mera idolatria, querer que alguém ou alguma situação externa “lhe salve” ou cumpra a tua jornada espiritual não tem como funcionar.

Mais tarde, com a autorrealização e transposição da consciência individual, o seu “mundo interior” microcósmico torna-se macrocósmico, ou melhor, rompem-se as barreiras ilusórias que o separavam do todo. A experiência existencial deixa de ser individual para ser cósmica.

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