Visualização para abrir os chakras, por Barbara Ann Brennan

Esta é uma forma de Shakti e Chakras Pranayama (ver página).

Este exercício carrega e abre todos os chakras.

Sente-se com as costas eretas e feche os olhos.
Respire calmamente a fim de acalmar a mente e coloque a percepção no muladhara chakra, no períneo ou pouco acima – entre o órgão genital e o ânus.

• Visualize-o como um vórtice de luz vermelha girando no sentido horário. (No sentido horário visto quando se olha para o chakra do lado de fora do corpo.)* O vórtice gira bem abaixo de você, com a extremidade mais larga voltada para a terra e a mais fina apontando para a base da coluna vertebral [períneo]. Enquanto você o vê girando, inspire vermelho. Expire vermelho. Visualize a respiração vermelha na inspiração. Na expiração, não visualize; limite-se a observar a cor. Repita até poder ver claramente o vermelho tanto na inspiração como na expiração. Se o vermelho for mais claro ou turvo na expiração, você precisa equilibrar suas energias vermelhas. Se for mais claro, você precisa de mais vermelho no campo. Se for turvo, você está precisando limpar o chakra inferior. Faça-o repetindo o exercício até que as cores que entram e as que saem sejam as mesmas. Isso vale para todos os chakras.
Barbara Ann Brennan em Mãos de luz, p. 288;290

• Conservando a imagem do primeiro chakra, mova-se para o segundo, localizado cerca de 5 cm acima do púbis. Visualize dois vórtices. Um na parte dianteira do corpo e outro na traseira**. Veja-os girando no sentido horário com uma cor vermelho-laranja brilhante. Inspire vermelho-laranja. Expire-o. Repita. Verifique, para certificar-se, antes de prosseguir, se as cores de entrada e de saída são as mesmas.
Barbara Ann Brennan em Mãos de luz, p. 291

• Conservando a visualização dos dois primeiros chakras, passe para o terceiro, no plexo solar. Visualize aqui dois vórtices girantes amarelos. Inspire amarelo. Expire-o. Repita até que o amarelo se torne brilhante na inspiração e na expiração.
Barbara Ann Brennan em Mãos de luz, p. 291

• Mude-se para o coração. Veja os vórtices girando verdes no sentido horário. Inspire e expire verde até que as cores se equilibrem. Olhe para baixo para certificar-se de que você pode ver todos os outros chakras (que você já carregou) girando antes de passar para o chakra da garganta.
Barbara Ann Brennan em Mãos de luz, p. 291

• Na garganta, inspire e expire azul através dos vórtices que giram no sentido horário.
Barbara Ann Brennan em Mãos de luz, p. 291

• No chakra do terceiro olho, veja roxos os vórtices que giram no sentido horário na parte dianteira e na parte traseira da cabeça. Repita os exercícios respiratórios.
Barbara Ann Brennan em Mãos de luz, p. 291

• Em seguida, mude-se para a coroa. Branca opalescente, está assentada no topo da cabeça. Inspire branco. Expire-o. Repita. Veja os sete chakras girando no sentido horário. Veja a corrente de força vertical fluindo para cima e para baixo da coluna. Ela pulsa com a sua inspiração. Quando você inspira, pulsa para cima. Quando expira, pulsa para baixo. Veja todos os chakras ligados a ela pelas pontas, com o chakra da coroa formando a entrada e a saída superiores, e o chakra da raiz formando a entrada e a saída inferiores, para que a energia flua através do campo. Veja a energia pulsante fluindo por todos os chakras com a inspiração. Todo o seu campo enche-se agora de uma quantidade de energia luminosa.
Barbara Ann Brennan em Mãos de luz, p. 291

Considerações

* Sentido de rotação dos chakras

Sentido de giro de chakras da perspectiva do praticante - Brennan

Nas pesquisas com seus pacientes, Barbara Ann Brennan notou que os chakras, quando estão em uma condição saudável e absorvendo energia, giram no sentido horário da perspectiva do olhar de alguém de fora. Isso significa que a partir do ponto de vista do próprio praticante a percepção giratória da abertura frontal dos chakras é anti-horária, ou seja, ao fechar os olhos e imaginar seu ajna (ou terceiro olho) chakra – ou qualquer outro – girando, você pode adotar a seguinte ordem: basta imaginar o giro iniciando a sua trajetória no canto superior direito, indo para o canto esquerdo superior, inferior, direito inferior e retornando em sentido anti-horário de sua perspectiva para o primeiro ponto, seguindo sua trajetória circular, como demonstrado na figura.

Utilize o mesmo proceder para o chakra básico, como se estivesse olhando para baixo por dentro do seu corpo.

Para alguns professores e autores, o sentido mais natural é o inverso a esse proposto por Barbara. Alberto Cabral percebeu que os chakras de algumas pessoas recebem energia no sentido horário e os de outras no sentido anti-horário (em cada uma delas o sentido de emissão é o oposto daquele que recebem). E que todos os chakras de uma mesma pessoa giram no mesmo sentido quando atraem energia, e no sentido oposto quando emitem. Assim, ele sugeriu imaginar simplesmente a energia entrando pelos chakras, sem visualizar uma direção, e tentar com o tempo sentir como ela se comporta em seu corpo. De fato, além do movimento circular em uma ou outra direção, o mais importante neste exercício é sentir a energia em movimento centrípeto, ou seja, para dentro.

** Aberturas dianteira e traseira dos chakras

Os chakras são rodas ou vórtices de energia interligados, nos corpos da pessoa ou mais ativamente no corpo energético, pelo canal central ou sushumna. Esse canal conduz a energia cósmica criadora ou Shakti a partir do chakra básico até o coronário: esses dois chakras são, respectivamente, a abertura de conexão inferior e superior do canal central.

Os outros 5 chakras principais, além de também interconectados ao longo da nadi sushumna, possuem aberturas dianteira e traseira de conexão com o meio externo, como demonstrado nesta figura, proposta também por Barbara Ann Brennan.

Para a abertura dianteira de cada um desses 5 chakras, você já viu acima como imaginar a rotação proposta pela autora.

Para a abertura traseira deles, o sentido horário do espectador é exatamente o seu próprio sentido horário, então basta você imaginar, de maneira oposta à frontal, o ponteiro de um relógio, com a energia entrando começando do canto superior esquerdo, passando pelo direito, descendo pelo direito e subindo pelo esquerdo.