Jnana mudrá, também conhecida como chin mudrá ou gyana mudrá, é a mudrá do conhecimento (jnana).
Execução
Nesta mudrá, simplesmente una a ponta do indicador com a ponta do polegar suavemente – mas com força suficiente para sentir a pulsação nelas -, mantendo os três outros dedos estendidos (não é necessário tensioná-los). Faça-os com ambas as mãos e mantenha.
Este gesto canaliza (e retém) o fluxo energético ou prana, sendo uma mudrá bastante útil para a meditação e pranayamas.
Há autores que dizem que esta mudrá, executada com as palmas das mãos viradas para cima chama-se chin mudrá, e com elas viradas para baixo jnana mudrá. Porém, à parte da nomenclatura, você pode orientar suas mãos para cima ou para baixo de acordo com a sua prática no momento, com o fluxo energético sentido ou com a necessidade ou não de um apoio mais firme. Shiva é representado em diversas estátuas e imagens executando jnana mudrá com as palmas viradas para cima, para baixo e ou para frente em gesto de emanação de energia.
Posição do indicador e seu efeito psicológico
Segundo a tradicional interpretação indiana, atribui-se um significado simbólico cada cada dedo. O mínimo representa o tamas (inércia, apatia); o anular corresponde ao rajas (atividade, ação, emoção intensa); o médio corresponde ao sattva (pureza, sabedoria, paz); o indicador representa o jivatma (a alma individual de cada pessoa) e o polegar, o paramatma [Brahman] (a Consciência Superior inerente a tudo que existe). A posição do indicador e do polegar simbolizam o principal objetivo da ioga – a unificação da alma individual com a Consciência Superior.
Hiroshi Motoyama em Teoria dos chakras, p. 91-92
Assim, a união dos dedo indicador e polegar representa (e pode ser percebida como) a Integração (Yoga) do eu com a Alma ou o Todo.
Gesto alternativo de jnana mudrá (chin mudrá)
Existe uma posição alternativa para o dedo indicador nesta mudrá, onde posiciona-se a ponta do indicador na base interna do polegar.
Isso representa a reverência do eu (indicador) à Consciência Suprema (polegar), colocando-no no caminho entre esta e sua criação manifesta (Prakriti, desencadeada através dos três gunas, representada pelos três outros dedos).
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