Cartas de Cristo – análise e pdf – Terceira Parte (Final): Conclusão e livro

Veja na Primeira Parte o início deste texto. | Veja na Segunda Parte: Alguns pontos de crítica

Conclusão

Como muitos acessam esta página diretamente, vamos repetir o que dissemos na primeira parte deste texto:

As Cartas de Cristo são autênticas?

Não, mas podem ser consideradas uma boa falsificação, pois utilizam-se da experiência espiritual e do aprendizado pessoal importantes da escritora e possivelmente também do conhecimento de uma consciência extrafísica mistificadora.

Com base no que (e como) foi escrito nas mensagens podemos lhe garantir que essas cartas não foram transmitidas por Jesus – a menos que assumíssemos que Jesus não foi um iluminado (…)

Estas cartas trazem conteúdo relevante e se baseiam em experiências parapsíquicas ou transcendentais significativas da médium, que podem trazer esclarecimento e evolução mas pecam pela imprecisão de conceitos existenciais fundamentais e por sua dogmatização que induz, além do pensamento sectarista ou exclusivista, à total credulidade daqueles que “aceitarem” as suas palavras como é pedido, como a verdade absoluta.

‘Pai-mãe-vida-consciência’ pode ser magnetizado em sua consciência individual pela fé, expectativa sincera e a vontade de se abrir para a limpeza de seus impulsos magnético-emocionais de “ligação-rejeição”.

Carta 8 p. 26 (200)
Fundo preto. Do lado superior esquerdo, em moldura em formato oval a imagem de Jesus com a mão esquerda levantada e a direita no peito, de onde emana-se uma luz branca que irradia-se em dois raios para baixo, um azul claro e outro vermelho pálido. Do lado superior direito, a inscrição Cartas _de_ Cristo. Abaixo, ao centro, um livro aberto com um facho de luz como se fosse solar vindo de uma fresta de janela do lado direito.
Montagem própria chela. Imagens base: © Pikist e © Nitin Arya em Pexels

Palavras como e único permeiam essas cartas de maneira perigosamente restritiva, dogmática. Os ensinamentos apresentados pelo Jesus das cartas baseiam-se na expansão da visão de mundo da autora, mas não configuram-se as únicas respostas transcendentais aos aspectos materiais e extrafísicos da existência, muito menos são o único caminho ou sequer tipo de caminho possível para a autorrealização última.

Lembre-se do que estou lhe dizendo agora. VOCÊ é residente de duas dimensões e ninguém pode passar além da dimensão do ‘mero intelecto’ até que os pré-requisitos para a iluminação espiritual tenham sido cumpridos. Estes são um verdadeiro despertar espiritual que leva a uma visão profunda das atividades do ego e da individualidade…… seguido pelo remorso…… remorso…… remorso. Este é o único caminho. Pois o remorso, por sua vez, leva à rejeição da dimensão magnético-emocional da “ligação de rejeição” que, em suas formas mais virulentas, os humanos descreveram como “pecado”.

Carta 8 p. 6 (180)

Essa ênfase no remorso [remorse, traduzido na versão em português por arrependimento] evidencia duas coisas: novamente um complexo de culpa de quem escreveu isso; e o apego ao ego, à mente. Quando se torna um observador da mente, já não se identifica com ela e suas memórias e “pecados” pessoais.

Fica claro no decorrer das cartas que a médium e ou a consciência comunicadora não se livraram do sentido de eu, de ser individual, e assim esbarraram na última barreira entre o “eu” e a “Consciência Divina”. Para elas, permanecem dois aonde na verdade só há Um: há nas cartas uma consciência que quer evoluir e evoluir para sintonizar-se com a Consciência Divina. Não há a dissolução completa na Consciência Divina, ou a posterior dissolução da “Consciência Divina” ou “o” vazio ou “o” nada.

💥 Para alguns insights e elucidações sobre as palavras de Jesus, recomendamos a obra de Eckhart Tolle. Também Osho, no decorrer de seus discursos que viraram livros, citou incontáveis vezes o mestre nazareno, quando as palavras deste ecoavam os apontamentos que estavam sendo feitos. Conheça também O Caminho de Jesus.

Acesse as “Cartas de Cristo” pelos links abaixo para tirar suas próprias conclusões.

Livro “Cartas de Cristo”

Download (pdf) do livro “Cartas de Cristo”

A Editora Almenara realizou a tradução das cartas e disponibilizou-as em seu site para download ou em sua loja virtual e demais livrarias para compra. Como a divulgação pela editora foi descontinuada, disponibilizamos aqui as cartas na íntegra, conforme traduzidas e publicadas por eles:

Cartas de Cristo (A Consciência Crística Manifestada)

(Volume 1: As Cartas)

Em arquivo único:
Em vários arquivos (original)

Esses arquivos foram disponibilizados pela própria Almenara Editorial:

Clique abaixo para baixar cada arquivo individualmente ou, se preferir, acesse aqui o diretório de todas as Cartas de Cristo ou ainda baixe aqui esses arquivos compactados em formato zip (se não tiver um descompactador de arquivos .zip instalado no celular, recomendamos o RAR).

Cartas de Cristo – Textos Complementares (Volume 2)

Download (pdf) do livro Cartas de Cristo em inglês

Compra do livro “Cartas de Cristo”

“Cartas de Cristo” em audiolivro

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Pesquise aqui referências e citações de Cartas de Cristo – análise e pdf – Terceira Parte no site.

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2 comentários sobre “Cartas de Cristo – análise e pdf – Terceira Parte (Final): Conclusão e livro

  1. As Cartas de Cristo, são verdadeiras .
    Não precisa se preocupar com a veracidade delas. Quem precisava saber do conteúdo delas, já recebeu.

    1. Grato pela participação Rafh! Ainda que eu tenha certeza do contrário, conforme todos os argumentos que expus nas três páginas, considero importante você (como cada um de nós) expressar sua opinião e acima de tudo priorizar seu próprio julgamento interior sobre o que é verdadeiro e importante para você neste momento da caminhada. Mais importante do que a opinião, esta atitude é o que não pode ser perdido, não a vendo como alguma teimosia do ego, mas aquela certeza interior que a verdade está dentro de cada um de nós, que a informação exterior não pode ser mais importante que a experiência existencial. Pois são apenas informações, racionalizações. E, no fundo, a autorrealização é mais uma questão de “descarte” do que de racionalização. E é este o ponto.
      Não nego que essas Cartas trouxeram conhecimentos e liberdade de dogmas para muitas, muitas pessoas; e muita gente está começando a conhecê-las agora, por isso alerto a todos para não se prenderem a elas, como elas sugerem, pois neste caso só estariam trocando uma prisão por outra, mais espaçosa.
      O fundamental é que essas cartas não podem ser de um ser iluminado; ao considerarmos que Jesus foi ou é ao menos um iluminado, elas não podem ser dele.

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