Universalismo

Universalismo é um conceito e um construto filosófico e teológico que advoga o ponto de algumas ideias terem aplicação ou aplicabilidade universal. Uma comunidade que se chama a si própria universalista pode enfatizar os princípios universais da maioria das religiões e aceitar outras religiões de uma forma inclusiva, a crença universal de reconciliação entre a humanidade e o divino.

Wikipédia – Universalismo

Reproduzimos acima uma definição aceita de Universalismo para evitar fugir do significado dessa palavra em si, mas mais do que uma definição universalismo é um estado de espírito que diz: “Eu o/a aceito que pelo que você é, pelo que você acredita!” É, mal comparando, o respeito supremo, o “amor” ou mais do que isso, a integração universal entre todos os seres.

Então Universalismo não é uma religião, é o estado de espírito no qual você, sendo cristão, aceita* (*se ainda for cedo para você se integrar ou amar) o seu irmão candomblecista, sendo hindu, aceita* o muçulmano, etc., e não se atém só ao que se demarca como religião. Por exemplo, o heterossexual aceita* o homossexual, o bissexual, etc., e vice-versa. Marcamos com asterisco a palavra aceita, pois ela é o só o primeiro passo num coração universalista, pois em nenhum campo, seja religioso, afetivo, sexual, político, etc., você não tem que aceitar nada: aceitar implica uma ideia de poder, como se você pudesse negar ou perdoar algum pecado, e na verdade ninguém tem nada o que ver nas opções do outro!

“A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro.”

Atribuída geralmente ao filósofo inglês Herbert Spencer

Como prêmio por permitir que o outro seja livre, você começa a voltar a ser livre, pois a liberdade é uma condição original de sua alma. Enquanto você quiser se meter na vida do outro e na liberdade dele, você jamais será livre, você prende o outro pelos seus conceitos e é preso por eles e pelo outro também. Igualmente, em praticamente todos os caminhos há recomendações, regras, mesmo mandamentos para os aspirantes – perceba sempre a motivação e real utilidade desses preceitos para você, se o aproximam de se conectar à sua alma e, desde que respeitando o espaço do próximo, não tenha medo de testar as recomendações. Por amor a si mesmo(a), não se apegue demais à nenhuma regra, seja livre!

“A verdade se manifesta apenas para os rebeldes; e, para ser um rebelde, é preciso viver perigosamente.”

Osho, em Vivendo perigosamente, p. 45

Como bem lembrou Alexandre Cumino em seu livro Fragmentos de Umbanda, Jesus foi um rebelde. Assim como Buda. É nós, seus seguidores, costumamos empacotar seus modelos de vida e ensinamentos, estabelecer suas normas, igrejas e julgar(!) os que se rebelam.

Voltando ao Universalismo, se seu Espírito está realizado em sua religião – ou mesmo por não estar em nenhuma –, para você não há nada errado com ela. De fato, as chances são de que ela seja exatamente o que você, por um motivo ou por outro, esteja precisando neste momento. Assim também o site chela não tem a missão de converter ninguém à nenhuma ordem religiosa ou filosofia estabelecida, mesmo porque não há um caminho único para o qual você deva ser convertido. Queremos que você seja livre, que sonde um ou todos os caminhos que aumentarem seu autoconhecimento, pois quando você se conhecer, compreenderá no coração que as formas são diversas, mas a essência… ah, a Essência é Uma só!

Essa coisa de pregação às vezes é como aquela piada dos três escoteiros que comunicaram ao chefe a sua boa ação do dia: os três ajudaram uma senhora idosa a atravessar a rua, ao que o chefe diz: “Muito bem! Mas por que foi necessário que os três a ajudassem?”, e eles respondem: “É porque a velhinha não queria atravessar de jeito nenhum!”

John Hick e o pluralismo religioso

A idéia de centralidade do Real vai ser decisiva na hipótese pluralista de John Hick. Entre as diversas opções de terminologia para traduzir a realidade transcendente, John Hick escolhe a categoria Real, mesmo reconhecendo os seus limites. Trata-se para ele de um termo mais neutro e que apresenta uma visão mais universal. O Real é a fonte e o fundamento de tudo, estando para além de todos os sistemas particulares de crença. As distintas expressões religiosas tornam-se contextos de salvação/libertação à medida que se sintonizam com este Real. Não há como acessar o Real em si, nem mesmo atribuir-lhe qualidades intrínsecas. Dele não se pode dizer que é pessoal ou impessoal, um ou muitos, consciente ou não-consciente, pleno ou vazio. Ele é, em si, inacessível, fora de qualquer alcance cognitivo. Entretanto, como a luz do sol, vem parcialmente apreendido pelas diversas tradições de forma diversificada. Daí a bela metáfora do arco-íris, que vem expressar a refração da Luz divina, ou do Real, nas diversas culturas religiosas da humanidade. A hipótese pluralista de Hick vem, assim, abrir uma nova perspectiva para a acolhida das religiões em sua alteridade, na medida em que convoca ao reconhecimento da presença do Mistério em outras formas de sua manifestação.

Faustino Teixeira, em entrevista [John Hick e o pluralismo religioso] concedida à revista IHU On-Line

O oposto do Universalismo

O contrário do Universalismo é o Exclusivismo.

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