Satori - ॐ chela

Satori é uma palavra japonesa que significa compreensão, entendimento. No Budismo, significa perceber (realizar), despertar espiritual, iluminação.

Deriva do verbo satoru (perceber, sentir, compreender, entender, discernir).

Osho a apresenta como um insight, um vislumbre da realidade:

Satori é uma iluminação especial. (…) Não é samadhi e no entanto é samadhi. Não é samadhi porque pode acontecer num momento comum: beber chá, dar uma caminhada, olhar para uma flor, ouvir o salto de um sapo na lagoa. Isso pode acontecer em momentos muito comuns, assim não é como o samadhi sobre o qual Patanjali fala. Patanjali simplesmente se surpreenderia se um sapo pulasse na lagoa e com o barulho desse pulo alguém se tornasse iluminado. Patanjali não seria capaz de acreditar que uma folha seca cai da árvore, ziguezagueia, se move com o vento um pouco, em seguida, cai no chão e se aquieta – e alguém sentado sob a árvore atinge a iluminação? Não, Patanjali não seria capaz de acreditar: “Impossível”, ele dirá: “porque samadhi é algo excepcional; o samadhi só vem depois de muito esforço, de milhões de vidas. E então acontece numa determinada postura, siddhasana. Ele acontece num determinado estado do corpo e da mente”.
Satori é samadhi e ainda não é samadhi. É um vislumbre, e um vislumbre do extraordinário no muito comum. É samadhi acontecendo em momentos comuns. Uma coisa repentina também – não é gradual, você não avança em graus.
(…) Sempre que a gestalt [o foco, o ponto de vista] muda, você tem [ou pode ter] um vislumbre. Esse vislumbre é satori. Não é final, você vai perdê-lo novamente. Você não vai se tornar um buda com um satori, é por isso que eu digo que é um samadhi e ainda assim não é samadhi.
(…) Satori é como um relâmpago – você pode ter uma visão do todo, tudo o que está lá e, em seguida, ele desaparece. Mas você não vai ser o mesmo novamente. Não é a iluminação final, mas um grande passo para ela.
(…) Satori é a amostra do samadhi de Patanjali.
Osho, em Sublime Vazio, cap. 5