Sahajoli Mudrá

No corpo feminino, o ponto de concentração está no chakra muladhara, o qual está situado no colo do útero, logo atrás da abertura do útero. Este é o ponto onde o espaço e o tempo unem-se e explodem na forma de uma experiência. Essa experiência é conhecida como orgasmo na linguagem comum, mas na linguagem do Tantra ele é chamado um despertar. A fim de manter a continuidade dessa experiência, é necessário que um acúmulo de energia aconteça naquele ponto em particular, ou bindu. Normalmente, isso não acontece porque a explosão de energia dissipa-se por todo o corpo por meio do ato sexual. Para evitar isso, a mulher deve ser capaz de manter sua mente em absoluta concentração naquele ponto em particular. Para isso, a prática é conhecida como sahajoli [mudrá].

Na verdade, sahajoli é a concentração no bindu, mas isso é muito difícil. Portanto, a prática de sahajoli, que é a contração da vagina, bem como dos músculos uterinos, deve ser praticada por um longo período de tempo.

Se é ensinado à menina uddiyana bandha desde a mais tenra idade, ela aperfeiçoará sahajoli naturalmente com o tempo. Uddiyana bandha é sempre praticada com a retenção externa. É importante saber realizar ela em qualquer posição. Normalmente é praticada em siddhayoni asana, mas deve-se ser capaz de realizar em vajrasana ou na postura do corvo também. Quando você pratica uddiyana bandha, os outros dois bandhas – jalandhara e mula bandha ocorrem espontaneamente.

Anos dessa prática irão criar um senso de concentração no ponto correto no corpo. Essa concentração é mais mental em sua natureza, mas ao mesmo tempo, uma vez que não seja possível fazê-la mentalmente, tem de começar de algum ponto físico. Se a mulher for capaz de concentrar-se e manter a continuidade da experiência, ela pode despertar sua energia para níveis superiores.

De acordo com o Tantra, há duas diferentes áreas do orgasmo. Uma é na zona nervosa, que é a experiência comum para muitas mulheres, e a outra é em chakra muladhara. Quando sahajoli é praticado durante o Maithuna (o ato da união sexual), o chakra muladhara desperta e o orgasmo espiritual, ou tântrico, acontece.

Quando a ioguini é capaz de praticar sahajoli por 5 a 15 minutos, ela pode reter o orgasmo tântrico pelo mesmo período de tempo. Retendo essa experiência, o fluxo de energia é revertido. A circulação do sangue e das forças simpáticas e parassimpáticas movem-se para cima. Nesse ponto, ela transcende a consciência normal e vê a luz. É assim que ela entra no estado profundo de dhyana. A menos que a mulher seria capaz de praticar sahajoli, ela não será capaz de reter os impulsos necessários para o orgasmo tântrico, e consequentemente ela terá o orgasmo nervoso, que é de curta duração e seguida de insatisfação e exaustão. Isto é muitas vezes a causa da histeria de uma mulher e da depressão.

Assim, sahajoli é uma prática extremamente importante para a mulher. Em uddiyana, nauli, naukasana, vajrasana e siddha yoni asana, sahajoli vem naturalmente.

A prática de amaroli também é muito importante para uma mulher casada. A palavra amaroli significa “imortal” e por sua prática a mulher torna-se livre de muitas doenças. A prática de amaroli durante um período prolongado de tempo também produz um importante hormônio conhecido como prostaglandina, que destrói os óvulos e previne a concepção.

Swami Satyananda Saraswati, em Kundalini Tantra (p. 73-74 do pdf, tópico A Experiência Feminina)

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