Mas verdadeiros
Piadas, histórias, anedotas e contos com fundo de humor.
Trocando Diálogo por Hospedagem
Qualquer monge nômade pode permanecer em um templo zen desde que faça e vença uma argumentação sobre budismo com aqueles que lá vivem. Se for derrotado ele precisa seguir caminho.
Em um templo na parte norte do Japão, dois irmãos monges estavam morando juntos. O mais velho era instruído, mas o mais jovem era estúpido e tinha apenas um olho.
Um monge nômade veio e pediu hospedagem, devidamente desafiando-os para um debate sobre o sublime ensinamento. O irmão mais velho, naquele dia cansado de tanto estudar, disse ao mais novo que tomasse seu lugar. “Vá e solicite o diálogo em silêncio,” ele advertiu.
Então o jovem monge e o estranho foram ao santuário e sentaram-se.
Logo depois o viajante levantou-se, entrou, foi até o irmão mais velho e disse: “Seu irmão mais jovem é um sujeito maravilhoso. Ele derrotou-me.”
“Relate o diálogo para mim,” disse o mais velho.
“Bem,” explicou o viajante, “primeiro eu levantei um dedo, representando Buda, o iluminado. Então ele levantou dois dedos, significando Buda e seu ensinamento. Eu levantei três dedos, representando Buda, seu ensinamento, e seus seguidores, vivendo a vida harmoniosa. Então ele sacudiu seu punho cerrado em minha face, indicando que todos os três vêm de uma realização. Assim ele ganhou e então não tenho direito de permanecer aqui.” Com isso, o viajante partiu.
“Onde está aquele sujeito?” perguntou o mais jovem, entrando correndo até seu irmão mais velho.
“Compreendo que você venceu o debate.”
“Venci nada. Vou bater nele.”
“Conte-me o assunto do debate,” solicitou o mais velho.
“Ah, no momento em que ele me viu ele levantou um dedo, insultando-me ao insinuar que tenho apenas um olho. Visto que ele era um estranho, pensei em ser respeitoso com ele, então levantei dois dedos, parabenizando-o por ele ter dois olhos. Então o miserável grosseiro levantou três dedos, sugerindo que entre nós só havia três olhos. Então fiquei louco e comecei a socar ele, mas ele correu, e isso acabou com tudo!”
História zen 26 de A Carne e os Ossos do Zen (tradução Albecy Cavalari e Rafael Blanco, p. 50-51)

Mais causos
Uma vez, na Índia, um iogue muito idoso foi aos locais de cremação. No topo de uma pira funeral estava o corpo de um jovem, prestes a ser cremado. O velho gritou: “Parem! Preciso desse corpo!” E enquanto falava, a forma do jovem, ganhando vida com o espírito do iogue, saltou para fora da pira e o velho corpo do santo caiu ao chão. Portando sua nova morada física, o iogue saiu correndo e logo desapareceu na multidão. Os familiares, assombrados, cremaram o corpo do velho.
por Paramahansa Yogananda, relatado no livro O Romance com Deus
“E, chegando-se alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, perguntaram-lhe,
Dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão.
Houve, pois, sete irmãos, e o primeiro tomou mulher, e morreu sem filhos;
E tomou-a o segundo por mulher, e ele morreu sem filhos.
E tomou-a o terceiro, e igualmente também os sete; e morreram, e não deixaram filhos.
E por último, depois de todos, morreu também a mulher.
Portanto, na ressurreição, de qual deles será a mulher, pois que os sete por mulher a tiveram?Jesus de Lucas 20:27-40
E, respondendo Jesus, disse-lhes: Os filhos deste mundo casam-se, e dão-se em casamento;
Mas os que forem havidos por dignos de alcançar o mundo vindouro, e a ressurreição dentre os mortos, nem hão de casar, nem ser dados em casamento;
Porque já não podem mais morrer; pois são iguais aos anjos, e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição.
E que os mortos hão de ressuscitar também o mostrou Moisés junto da sarça, quando chama ao Senhor Deus de Abraão, e Deus de Isaque, e Deus de Jacó.
Ora, Deus não é Deus de mortos, mas de vivos; porque para ele vivem todos.
E, respondendo alguns dos escribas, disseram: Mestre, disseste bem.
E não ousavam perguntar-lhe mais coisa alguma.” 😬
Certa vez me contaram uma história sobre um homem chamado Rothstein, que devia 100 dólares a um certo Wiener. Como o prazo para quitar a dívida já havia vencido fazia muito tempo, e Rothstein continuava falido, ele resolveu pegar 100 dólares emprestados de Spevak e, então, pagou a Wiener. Uma semana depois, Rothstein pegou de novo 100 dólares de Wiener e pagou a Spevak. Passou-se mais uma semana, e novamente Rothstein pegou 100 dólares de Spevak para pagar a Wiener. E ele repetiu essa mesma transação diversas vezes, até que, finalmente, um dia Rothstein chamou os dois homens e disse: “Meus amigos, vejam só, todo esse aborrecimento não faz o menor sentido. Por que vocês mesmos não trocam esses 100 dólares a cada semana e me deixam fora disso?!”
Osho, em Vivendo Perigosamente
Osho diz que é exatamente isso que acontece conosco, o mundo, geralmente através de nossos pais, professores e líderes (religiosos ou não) nos condiciona, educando nossas atitudes e colocando coisas em nossa mente, e então estes dizem: “Agora siga por conta própria. Não interferiremos mais”. Mas foram eles quem instalaram todos os condicionamentos em nós.
Quando Nanak tinha quinze anos, seu pai [Kalu] lhe deu vinte rupias e disse: “Nanak, vá ao mercado e compre alguma mercadoria lucrativa”. Kalu também enviou seu servo Bala para acompanhar Nanak. Nanak e Bala chegaram a Chuhar Kana, um vilarejo a cerca de trinta quilômetros de Talwandi. Nanak encontrou um pequeno destacamento de faquires. Ele pensou consigo mesmo: “Deixe-me alimentar esses faquires agora. Esta é a barganha mais lucrativa que posso fazer”. Ele comprou provisões imediatamente e os alimentou suntuosamente. Então ele voltou para sua casa. O servo informou seu mestre da barganha de seu filho. Kalu ficou muito irritado. (…)
Swami Sivananda, Lives of Saints (em inglês), p. 72, cap. Guru Nanak
O grande novelista Leon Tolstói escreveu um delicioso conto, Os Três Eremitas. Seu amigo Nicholas Roerich resumiu-o assim:
Numa ilha viviam três velhos eremitas. Eram tão simples que usavam apenas esta oração: “Nós somos três; Tu és três – tem piedade de nós”. Grandes milagres ocorriam no decurso desta ingênua prece.
O bispo da região soube da existência dos três eremitas e da sua inadmissível reza, e decidiu visitá-los a fim de lhes ensinar as invocações canônicas. Chegou à ilha, disse aos eremitas que aquela súplica aos céus era indigna e instruiu-os em muitas orações usuais. A seguir, e, bispo retirou-se num barco. Viu, ao longe, deslizando na esteira do navio, uma luz esplendorosa. À medida que ela se aproximava, distinguiu os três eremitas, de mãos dadas, correndo sobre as ondas no esforço de alcançar o barco.
– Esquecemos as preces que nos ensinou – gritaram eles, ao verem de perto o bispo – e nos apressamos a vir pedir a repetição delas. O bispo, assombrado, sacudiu a cabeça, negativamente.
– Meus queridos – respondeu ele -, humildemente continuem a viver com sua antiga oração!
Paramahansa Yogananda, em Autobiografia de um Iogue, início do Capítulo 30 – A Lei dos Milagres
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