➡️ Vish (Viṣ): entrar, espalhar-se / espalhamento, estender-se, impregnar-se, rodear, abranger / abarcar [logo, o que ocupa o espaço, se assenta]. Também separar, desunir, difundir-se / difusão.
Vishnu é o nosso aspecto corrente do ser. É a consciência impregnada na criação e sua testemunha. É o preservador, como vida, e o desfrutador.
Sua consorte ou manifestação (shakti) é Lakshmi.
Brahma é o próprio processo da criação e Shiva a dissolução desta. Brahma está relativamente no passado e Shiva é o potencial. Assim, esses dois também são a consciência, representada pela trimurti.
Por esse motivo dizemos que você é Krishna (manifestação de Vishnu), mas está encoberto pela própria criação ou maya.
Epítetos de Vishnu
Narayana
Narayana é um nome ou epíteto de Vishnu. Também considerado uma expansão de Krishna (este último encarnação de Vishnu). Alguns significados encontrados para Narayana são “O Refúgio” e “aquele que existia antes dos mundos”.
Indra lhe disse:
“Você conhece os grandes rishis Nara e Narayana, os quais nasceram na terra para cumprir um propósito divino. A terra reclamou com o Senhor Vishnu que o fardo dos pecados que carregava estava além de sua paciência. O senhor disse que ele próprio desceria à terra para aliviar seu fardo. Narayana nasceu como Krishna na casa dos Vrishnis e Nara é meu filho Arjuna.”
Mahabharata (versão resumida en espanhol), p. 222
Na Mandala Brahmana Upanishad, Narayana é referido como o purusha do Sol.
Encarnações de Vishnu
As 10 encarnações primárias (avatares) de Vishnu são:
- Matsya (na forma de peixe)
- Kurma (na forma de tartaruga)
- Varaha (na forma de javali)
- Narasimha (na forma de homem-leão)
- Vamana (na forma de deus-anão)
- Parashurama (na forma de guerreiro de Brahman)
- Rama – conforme narrado no épico Ramayana.
- Krishna ou Balarama (dependendo da fonte/tradição) – conforme narrado no Mahabharata.
- Buda ou Krishna (dependendo da fonte/tradição)
- Kalki (profetizado para aparecer ao final da presente era, Kali Yuga)
Varaha – Vishnu na forma de javali
“O grande sábio Ribhu realizou penitências por doze anos divinos. Ao final desse período, o Senhor apareceu a ele na forma de um javali. E lhe disse:
– Levanta-te, levanta-te e pede-me uma graça!
O sábio se levantou e depois de prostrar-se diante dele disse:
– Senhor, neste sonho eu não gostaria de te pedir as coisas que os homens do mundo anseiam. Todos os Vedas, os Shastras, os Itihasas e as hostes das outras ciências declaram que a emancipação é o resultado de ter conhecido Sua natureza. Portanto, dê-me a ciência de Brahman, que trata da sua natureza.
Então Bhagavan (Senhor) na forma de Javali em sua forma da javali disse a ele…”
Varaha Upanishad, Introdução do Primeiro Adhyaya (tradução Hugo Labate)
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