As formas de amor ao divino

Swami Vivekananda classifica as formas humanizadas de amor divino, e ao divino, em ordem ascendente da forma a seguir. Todas elas são manifestações de Deus como amor que desempenhamos nos diversos papéis que interpretamos na vida, mas que podem, e na Bhakti Yoga devem, ser direcionados para Deus.

1. Santa (śānta)

Santa (śānta) significa calmo, tranquilo, pacífico. O śānta-bhakta tem essas qualidades, mas lhe falta o fogo da devoção intensa..

2. Dasya (dāsya)

Dasya (dāsya) significa servidão. O dāsya-bhakta é um servidor de Deus.

3. Shakhya

Shakhya significa amizade, companheirismo. Nesse estágio, o devoto sente Deus como amigo, como um companheiro na aventura da vida dentro desse universo formado por maya.

4. Vatsalya (vātsalya)

Vatsalya (vātsalya) é o amor, afeto aos próprios filhos. Nesse estágio, o devoto ama a Deus como a um próprio filho. Já vimos que o amor não conhece o medo. Sem dúvida que ao abarcar Deus nesse tipo de amor o devoto já está liberto do paradigma do Deus como soberano pai, dominador, a quem se deve temer. E pode lhe dar esse tipo tão terno de amor. É necessário chegar nesse estágio, pois poucas formas de amor no mundo se equivalem ao verdadeiro amor materno ou paterno, aquele pelo qual fazemos qualquer coisa.

5. Madhura

Madhura (doce) é o amor conjugal, o amor romântico, de um homem por uma mulher (e todas as suas variações de gênero). Aquele amor que nos faz perder a cabeça, o chão, que tem o poder de nos tirar o sono, aquele por quem sentimos que podemos atravessar o mundo.

Esse tipo de amor com seu fogo e energia pode aproximar-se do ápice que podemos sentir. Já o conhecemos, pois já oferecemos este amor a outro ser humano, agora temos que direcioná-lo para Deus com a mesma energia, prazer, plenitude experimentado no êxtase amoroso romântico humano.

Mas, ai! O verdadeiro amante espiritual não descansa nem mesmo ali; mesmo o amor entre marido e mulher não é bastante enlouquecedor para ele. Os bhaktas assumem também a ideia do amor ilegítimo, por ser ele tão forte; essa impropriedade não é absolutamente o que eles têm em vista. A natureza desse amor é tal que, quanto mais obstáculos houver para seu livre curso, mais apaixonante ele se torna. O amor entre marido e mulher é sereno, nele não existem obstáculos. Então os bhaktas assumem a ideia de uma jovem apaixonada pelo seu bem-amado, enfrentando a objeção de sua mãe, seu pai ou seu marido a esse amor; e quanto mais alguém obstruir o curso do seu amor, tanto mais ele tenderá a crescer e a se fortalecer.

Swami Vivekananda – Bhakti Yoga

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