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Conclusão
Na “escritura”, a palavra de Deus é muitas vezes confinada a Paulo, como na argumentação na p. 269(1) (“Pois, diz o Apóstolo…”) e na solução (p. 270.2-4). Como dissemos, a ideia de Deus se reduz à de um judeu-cristão do séc. I. E por isso boa parte da humanidade está “parada” em conceitos de mais de dois mil anos atrás.
Assim como Paulo, Tomás perde o ponto.
O que ele e os religiosos que apoiam algumas dessas ideias estão dizendo é absurdo. E só com Deus por trás esse absurdo se justifica. Mas esse Deus pessoal inventado, que tem um povo eleito e um plano de salvação delimitado, está contra a natureza, contra o real, contra Deus.
Tomás de Aquino é um extremo. Mas observe até que ponto muitas das críticas feitas aqui se enquadram, sem prejuízo, a situações de nossas religiões.
É por falta de centramento que damos brechas a essas interpretações. Medite, aprofunde-se em si, no seu interior, e verá por si mesmo que todas essas teorias teológicas não passam de maquinações artificiais que estão somente na superfície, na mente, do lado de fora. São todas ilusórias, oníricas – e você pode estar se identificando com esse sonho. Se você não se conhecer, poderá acreditar e se perturbar com essas e outras flutuações externas. Se se identificar completamente com elas, estará longe de seu centro, estará perdendo a si mesmo, que é o único que você realmente pode ser, que é o único que indubitavelmente é real.
O reino dos céus está dentro de ti. Você possui um tesouro imenso dentro de ti, você é esse tesouro. E está saindo de seu ser, de seu centro para escutar ensinamentos que te distanciam de ti. Deus, a existência total está disponível para você, você não precisa cortar seu sexo, seu amor para experimentá-la, muito pelo contrário, se você o fizer perderá algumas das partes mais belas dela.
A não ser que você seja masoquista o suficiente, muita coisa do que este livro traz é simplesmente uma longa, longuíssima perda de tempo, de vida.
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- Filosofia e Deus
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