2021 – 1ª edição
Editora Summus Editorial / São Paulo-SP
Neste livro o neurocirurgião Edson Amâncio faz uma análise de diversos relatos de EQMs e, mantendo uma atitude de abertura mental, lista as diversas correntes de explicação do fenômeno entre cientistas e pensadores.
A neurociência demonstra que alterações e danos no cérebro levam a alterações comportamentais – da mente. Por outro lado, este livro traz algumas evidências documentadas (que alguns paradigmas da ciência insistem em ignorar) de pessoas que tiveram consciência e percepções sensoriais (que para a neurociência seria exclusiva do cérebro) fora do seu corpo físico, a saber, com seu ponto de percepção e visão em outro(s) local(is) e, surpreendentemente, muitas vezes em condições mais lúcidas justamente quando o cérebro está na mais precária condição – algumas vezes sem atividade registrada.
Autoconhecimento
As experiências e suas explanações compartilhadas no livro e no canal do Youtube (ver abaixo) nos dão novas e importantes informações a respeito do que realmente somos, do que pode estar em nosso espectro de experiências existenciais, de como prosseguirá nossa jornada espiritual, além de poder provocar diversos insights e questionamentos. Para ampliar ainda mais seu tilt, experimente assistir ao documentário DMT, A Molécula do Espírito (original DMT: The Spirit Molecule).
Canal no Youtube
A contribuição ao autoconhecimento de Edson Amâncio, juntamente com o físico Carlos Mendes e a filha deste, a comunicadora Nara Chaib Mendes, se estende no canal no Youtube – Afinal, o que somos nós? [After all, what are we?] – que se dedica a entrevistar pessoas que passaram por EQMs e publicar seus relatos.
Alguns relatos deste canal (anteriores à data de lançamento do livro) são citados na obra. Veja aqui o vídeo de apresentação do canal.
Achamos esta obra tão relevante que a recomendamos e listamos na seção de livros de autoconhecimento. Não faltam louvores ao autor e não é necessário discorrer sobre os conhecimentos que este livro irá lhe aportar, então vamos fazer uma pequena observação no próximo tópico, Consciência.
Consciência
Existe uma confusão generalizada (que se observa também neste livro) quando tratamos do termo “consciência”. Consciência significa estar ciente, e este estar ciente é interpretado muitas vezes como um atributo ou resultado da mente, do cérebro (ou a própria mente em si) – quando a verdade é justamente o oposto – a consciência é aquilo ou quem percebe, testemunha, e a mente, o cérebro e quaisquer outros corpos de manifestação são seus instrumentos. A consciência é o que nós somos, nossa essência. É a nossa parte intangível e imensurável por meios físicos. Consciência é ser testemunha. Isto que somos utiliza-se de veículos de percepção e manifestação – a mente e o corpo. Então, enquanto no corpo físico, nossa consciência utiliza-se dele – como um todo, não só do cérebro – para interação neste mundo: nossa atividade atividade mental (sensorial, mnemônica e intelectiva) fica diretamente relacionada à cerebral, que tanto a capacita como a limita a seus próprios recursos. Mente não é o mesmo que consciência.
Mesmo sem o corpo físico e cérebros físicos, a nossa consciência, o que somos, possui veículos de manifestação, percepção e intelecto – mente, “eu”, que constituem nosso corpo astral, tão amplamente citado pelos entrevistados de EQMs que Raymond Moody o denominou (seguindo a nomenclatura de Paulo de Tarso) de corpo espiritual em seu livro A Vida Depois Da Vida. Uma chave do autoconhecimento é que nós não somos esta mente ou estas mentes – somos a essência, que se utiliza da mente.
Isto significa, por exemplo, que um cérebro pode ser avariado e danificado em todas as suas capacidades mentais, causando drásticas mudanças comportamentais ou até mesmo tornando seu portador “inconsciente”. A pessoa, em si, não deixou de existir e nem sequer mudou. A consciência, o ser, segue existindo – só houve um maior embotamento momentâneo de seu veículo atual, do qual quando se desvencilhar “recuperará” sua capacidade. A consciência não é dependente da mente. Mente é um atributo ou recurso da consciência – mente não é consciência.
Sadhguru tentou explicar ao neurocientista David Eagleman que não somos o cérebro, a mente. (clique no ícone de ferramenta » Legendas » Tradução automática » Português)
Aparentemente, quanto menos “mente”, quanto menos “eu”, mais a consciência se reflete puramente em seu estado universal.
Que fique claro, esta é uma observação direcionada aos leitores quanto ao uso que foi feito da palavra consciência no livro, em 2021, não sobre a convicção do autor sobre o assunto. O Dr. Edson Amâncio, na verdade, fez ou faz parte de um importante projeto, o canal no Youtube que já mencionamos, que acaba por investigar exatamente nossa verdadeira natureza e que chegou a conclusões que, assim como nós aqui, asseguram que a consciência não surge do físico, não é dependente do cérebro, conforme relatado em inúmeras entrevistas do canal e também bem demonstrado por Carlos Mendes, na playlist Desvendando, em que ele lê EQMs importantes publicadas em livros mundo afora e as compara com algumas relatadas para o próprio canal. Além disso, diversos entrevistados experimentaram a consciência como Una, cósmica, universal.
O livro também nos apresenta o site da Near-death experience research foundation – Fundação de pesquisa de experiência de quase morte (versão em português) – com diversos relatos de EQMs.
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Pesquise aqui referências e citações de Experiências de quase morte – EQMs no site.
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