O termo ameríndios é usado para designar os povos nativos do continente americano, habitantes da América anteriores à chegada dos europeus, e os seus descendentes atuais. Além de ameríndio, são utilizados os termos índio, indígena ou nativo americano. (Ver mais em Wikipédia – Povos ameríndios). Alguns dos povos citados aqui:
O respeito e a integração com a natureza e seus seres é uma famosa característica dos povos nativos americanos. Animais, fenômenos e formações naturais possuem espíritos, que muitas vezes são entidades evoluídas. Os espíritos elevados manifestam-se por exemplo como pássaros e podem ser vislumbrados às vezes com forma humana durante rituais com Ayahuasca.
A floresta têm característica dinâmica e mutável, que observamos em todas as formas de energia, transformando-se a cada dia.
Para saber mais sobre cultura indígena, recomendamos este artigo do Brasil Escola.
Quando você nasceu, você chorou e o mundo se alegrou. Viva sua vida de tal maneira que, quando você morrer, o mundo chore e você se alegre.
Provérbio Cherokee
O Todo na cultura indígena das Américas
Alguns exemplos dessa representação são os povos amazônicos Kaxinawá e Tatuyo.
Os nativos Kaxinawá têm o conceito de Yuxin, Espírito, que é a força vital que permeia e dá vida a todo fenômeno vivo em qualquer parte do mundo. No estado ordinário de consciência, não o percebemos, mas à medida que expandimos nossa percepção, através do autoconhecimento e desenvolvimento de nossas potencialidades, que levam à dissipação das trevas da ignorância que envolvem nossa mente, passamos a perceber a unidade fundamental de todas as coisas ou, como os hindus chamariam, o atman ou brahman manifesto.
Os nativos norte-americanos Dacota referem-se ao “Grande Espírito” ou “Grande Mistério” como Wakan Tanka.
Os Tatuyo e sua experiência de Unidade através da Ayahuasca
Para auxiliar na busca desse Espírito ou essência, mas não somente por esse motivo, os nativos americanos utilizavam e utilizam plantas professoras, dissipadoras das trevas que anuviam nossa percepção, como a Ayahuasca.
Para os Tatuyo, também há um “outro mundo”, apeyepa, onde está aquele que “sempre foi”, o Sol. Este “outro mundo”, onde o olhar do xamã pode abarcar o infinito, a imensidade luminosa, é o universo do capi, a Banisteriopsis caapi [uma das plantas-base da Ayahuasca].
Ao ingerir o capi, aquele que o fez é transportado ao tempo e ao lugar de origem, onde o Sol e as pessoas ainda não estavam separados.
Pedro Luz, no artigo O uso ameríndio do caapi, citando também Patrice Bidou, 1976, Les Fils de l’Anaconda Céleste (les Tatuyo) – publicado no livro O uso Ritual da Ayahuasca
Indicações
- Filme: The Last Shaman (Raz Degan)
Influência e destruição pelo “homem civilizado”
Nos últimos anos [texto de 1999], a influência de membros da Missão Suíça, atuante nas aldeias Kaxinawá da região Purus-Curanja durante várias semanas por ano e veementes opositores do “alucinógeno” [Ayahuasca], por eles considerado como “obra satânica”, tem provocado uma redução sensível das sessões nixi pae. Isso vem ocorrendo, no mínimo, em aldeias onde o próprio chefe tornou-se cristão.
Barbara Keifenheim, antropóloga pela Sorbonne Université (França) em O uso Ritual da Ayahuasca, p. 104
A exploração seringueira
A extração da borracha da espécie Hevea brasiliensis (seringueira ou árvore-da-borracha) da floresta amazônica no estado do Acre, iniciada no século XIX, trouxe perseguição, dizimação e escravização de diversos grupos indígenas da região.
Expedições armadas – as “correrias” – visando dizimar e expulsar as populações indígenas de seus tradicionais territórios foram organizadas, e são responsáveis pelo extermínio de vários grupos, ou pela sua fuga para áreas sem ocorrência de seringueiras localizadas no Peru.
Mariana Ciavatta Pantoja Franco e Osmildo Silva da Conceição, em O uso ritual da Ayahuasca, p. 203
Mais sobre as consequências da exploração seringueira
- Genocídio: Em reportagem de 1969, o extermínio sem fim dos índios no Brasil, por Norman Lewis, Tradução de Renato Marques de Oliveira para a Revista Piauí
- Povos Indígenas no Brasil – Kuntanawa
- Correrias: Índios, caucheiros e seringueiros. Ernesto Martinez Rodriguez. Dissertação de Mestrado em História – Universidade Federal do Amazonas
Arquivo do dominiopublico.gov.br
O tema da Amazônia e questões indígenas é encontrado em pdfs e áudios mp3 gratuitos em dominiopublico.gov.br:
- Áudios mp3: Selecione o tipo de mídia: Som e digite no título da pesquisa: indígenas (deixando os outros campos em branco). São encontrados conteúdos da Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro / USP.
- Pdfs para download: Selecione o tipo de mídia: Texto e digite no título da pesquisa: indígenas (deixando os outros campos em branco). São encontrados diversos trabalhos acadêmicos e governamentais.
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