4ª edição: Karma Yoga e Jnana Yoga

31 de maio de 2024 (ver outras edições)

Eu tava vendo um vídeo do canal ShriYogaDevi, sobre a diferença entre Karma Yoga e caridade.

Esse vídeo me levou a focar na conclusão da edição de uma das páginas de caminhos espirituais mais antigas do site, a Karma Yoga, que foi publicada em 20 de novembro de 2019, dois meses após termos começado a incluir conteúdo nele, e era – como ainda é – bastante guiada pelo livro homônimo de Vivekananda além, é claro, pelo Bhagavad Gita e, sobretudo agora, por minha própria experiência e outras fontes, desde outros livros até acontecimentos do dia a dia nos quais encontramos ressonância com este caminho.

Assim, a página Karma Yoga passou por profunda reformulação: o conceito central, a ação sem ego, foi salientado, novas seções e parágrafos foram acrescentados e praticamente todos os trechos mantidos foram revisados, ajustados, movidos ou agrupados.

Swami Vivekananda em 1893
Swami Vivekananda

Mas mais do que isso, o vídeo me levou a reler o livro (desta vez eu o ouvi) e revisitar este guru místico que tanto influenciou no início deste site: ele começou a ser montado exatamente após a leitura de outro clássico seu, Raja Yoga. Nossas primeiras páginas são exatamente os oito angas ou membros deste yoga apresentados no livro: Yama, Niyama, Asana, Pranayama, Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadhi. Nosso menu superior (em azul) iniciava-se justamente com essas páginas, na época com títulos em sânscrito mesmo, as quais ainda permanecem por lá, como Controle da Força Vital, Interiorização e Meditação no primeiro nível, outras quatro sob Yoga, e Samadhi sob Autorrealização. Hoje em dia, este último foi o único que não foi vertido para o português no menu, por não haver tradução próxima satisfatória, como acontece com “brahman”.

Aproveitando que eu já estava mergulhado novamente em Vivekananda, aproveitei para rever também outro livro seu, Jnana Yoga, que desta vez me impressionou ainda mais do que na primeira: naquela, me faltava alguma experiência existencial para captar a amplitude e validade de determinadas ideias. Como eu já sabia que o conteúdo seria relevante, fui preparando um pdf deste livro para torná-lo ainda mais popular. Hoje, considero ele e O poder do agora, de Eckhart Tolle, dois dos livros mais importantes para quem busca autoconhecimento, aquele autoconhecimento além do corpo, da mente e do ego.

Por falar em ego, aproveitei para explanar um pouco melhor o conceito existencial (sim, eu adoro estava palavra) de sentido de “eu” e diferenciá-lo dos conceitos de ego e eu, estes também explicados pela Psicologia, e suas relações com o Eu real ou atman.

Ainda em Vivekananda, vim a descobrir que havia outro livro editado originalmente em 1907 com uma série de palestras suas, Jnana Yoga – Parte II: Sete leituras, ao qual, como bom brasileiro, aproveitei que já estava fazendo sua edição em português e adicionei mais um subtítulo, Do Sankhya ao Vedanta, que é sobre o que trata o livro. Com sua eloquência habitual, ele explica as origens e “evolução” do pensamento hindu desde o Samkhya, dualista, até as formas dualistas e em seguida não-dualistas do Vedanta.

Por falar em mestres do Jnana Yoga, também foram anexados à página dois textos da tradição de Ramana Maharshi.

E por que não compartilhar um pouco também da maneira com que eu tomo notas de livros e outros ensinamentos?

Além dos conceitos psicológicos citados, vamos nos deparando aqui e ali com termos que vamos traduzindo e explicando, como shanta ou estado de shanti, a quietude ou paz interior; divinidade, o sentido de Deus; e o Deus pessoal que criamos, juntamente com seus “pecados”.

Ao falar sobre manter a frequência vibracional elevada, é inevitável abordar a música – minha melhor música de todos os tempos do último mês foi Eu sou maior, na interpretação da Rosana Beija-Flor, um mantra brasileiro. Somente o tempo vai lhe revelar quem és.

Voltando um pouco à Terra, todos estamos acompanhando o que aconteceu e ainda está acontecendo no Rio Grande do Sul.

Em vídeos como este da BBC Brasil podemos perceber o sofrimento real, existencial de quem perdeu tudo.

Nós que gostamos de falar sobre amar o “próximo” como a si mesmo, de somos todos um ou ainda de não-dualismo, nessas horas precisamos viver esses ideais e colaborar, seja financeiramente, voluntariamente ou da maneira que for, pois mais de 626 mil pessoas ainda estão fora de casa.

É bonito ver como pessoas de todas as ideologias estão colaborando. É claro que cada um tem seus próprios compromissos e sabe de suas possibilidades mas, caso a sua seja modesta, lembre-se que toda ajuda conta. Caso você não conheça projetos confiáveis pelos quais possa colaborar, o site ParaQuemDoar reúne instituições sociais e de ajuda humanitária em geral, agora bastante voltadas para a questão no Sul.

Por fim, a página que apresentava os Informativos ou Mailing foi transformada em Blog, o que na prática não mudou muito a não ser o endereço, que ficou mais bonitinho, chela.com.br/blog , e o fato de que aparentemente vou ter que manter este tom de “conversa” nas próximas publicações. O mais provável é que não haja mais posts do que estes periódicos contendo o resumo das últimas semanas do site pois, bem, não sou um contador de histórias.

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