Laya, em sânscrito, significa dissolução.
Yoga é a união ou o reconhecimento da mesmidade do ser e o Todo.
O Laya Yoga é, assim, o yoga da dissolução daquilo que consideramos nosso ser no Absoluto, em sua completude. Você já não existe mais, só o Todo existe.
“Simplesmente” dissolva-se
Em última instância, atman é brahman, o ser ou alma é a Existência. Se você quiser praticar yoga com a ideia de que além do seu Eu Superior também existe um Absoluto, um Universo ou um Deus à parte, talvez no momento este Laya Yoga não seja para você, pois aqui a proposta é dissolver-se; dissolver o sentido de eu individual, a alma individual ou qualquer outra ideia até que reste apenas aquilo que é real.
Muito embora quando realizamos o ser já não exista um “eu separado” ou a identificação com a mente, no ajuste mental do nosso plano geralmente não conseguimos separar, exatamente, o que é o “sentido de eu” do que é o “sentido de ser”.
Shiva ensina a Parvati algumas concentrações ou meditações que servem para Laya Yoga:
“Foque no fogo ascendendo através da sua forma, dos dedos dos pés para cima, até o corpo queimar-se em cinzas, mas não você.”
Vijnana Bhairava Tantra meditação 28 (transcrito por Paul Reps e traduzido por Albecy Cavalari e Rafael Blanco em A Carne e os Ossos do Zen, p. 226)
“Mas não você”: pode-se praticar com consciência ou deixando ela “queimar-se” também.
Na prática…
Desista da ideia de eu, da identificação com a mente, que você já estará lá.
O ser ou consciência possui veículos de manifestação, que podemos chamar de corpos ou camadas. Esses veículos refletem-na, mas não são a consciência em si. Nosso sentido de eu (que vai muito além do que consideramos geralmente como ego) e nossa mente são manifestações suas.

Então se você simplesmente conhecer através da experiência que você não é a sua mente, que o que antes você considerava como seu centro ou ego não está mais lá, você chegou, você já dilui-se no Todo.
E como chegar lá? O ponto comum principal com a maioria dos yogas é a meditação, a prática de tirar a sua identificação da mente, da cabeça.
Outras práticas que podem ajudar são os exercícios energéticos como os do Kundalini Yoga (especialmente o simplíssimo Kundalini Pranayama) ou do Kriya Yoga, e a leitura de livros de autoconhecimento espiritual, como os de Osho, Eckhart Tolle e Vivekananda.
Khechari Melana Mantra é um mantra adequado para Laya Yoga, já que suaviza as barreiras entre a consciência corporal individual e o universo ao redor.
Nada disso é obrigatório, desde que você freie sua mente e se desidentifique com ela. Nesse quesito, além da meditação, existe uma Guru milenar que hoje é muito conhecida em todo o mundo por facilitar esse processo, que leva ao autoconhecimento, que é a Mestra Ayahuasca.
A dissolução, aquietamento ou desaceleração da mente nos permite experimentar a realidade sem barreiras do Todo (samadhi), que é o que nós somos.
Laya Yoga é, assim, o caminho para a dissolução da individualidade – o que resta é inefável.
“Suponha que você está sendo gradualmente privada de força ou de conhecimento. No instante da privação, transcenda.”
Vijnana Bhairava Tantra meditação 87 (transcrito por Paul Reps e traduzido por Albecy Cavalari e Rafael Blanco em A Carne e os Ossos do Zen, p. 232)
Sons do anahata
Uma das práticas do Laya Yoga, que também é do Raja Yoga, é acalmar e elevar a mente a um estado superior através da escuta dos sons interiores, como a vibração do chakra anahata ou principalmente de Om, o Som primordial, fundamental, a substância absoluta e origem da criação do universo inteiro.
“… não existe absorção (laya) como a que acontece no som primordial (nada)”
Hatha Yoga Pradipika (Svatmarama) 1.43
O Laya Yoga dos elementos
Entre os meios de realizar este yoga, está aquele que utiliza técnicas do Tantra e do Hatha Yoga e que podemos chamar de O Laya Yoga dos elementos.
“Medite sobre o mundo fictício queimando em cinzas e torne-se um ser sobre-humano.”
Vijnana Bhairava Tantra meditação 29 (transcrito por Paul Reps e traduzido por Albecy Cavalari e Rafael Blanco em A Carne e os Ossos do Zen, p. 226)
O rio e o oceano
Dizem que antes de um rio entrar no mar, ele treme de medo.
Olha para trás, para toda jornada que percorreu, para os cumes, as montanhas, para o longo caminho sinuoso que trilhou através de florestas e povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto, que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre.
Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano.
Somente ao entrar no oceano o medo irá desaparecer, porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar- se oceano.
Khalil Gibran (texto em Mundo das Mensagens)
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chela » Laya Yoga – o yoga da dissolução
2 comentários sobre “Laya Yoga – o yoga da dissolução”
Explicação Perfeita.
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