Preâmbulo da página O caminho de Jesus

No trabalho de pesquisa para descrever aspectos do Caminho de Jesus, examinamos alguns textos que pudessem acrescentar informações, ideias e ditos de sua autoria.

Entre eles, o mais precioso é sem dúvida o Evangelho de Tomé. Alguns outros manuscritos apócrifos dos primeiros séculos da era comum também aportam algo, porém de muitos destes sobreviveram até hoje somente fragmentos.

Ainda que os quatro evangelhos canônicos tenham sido pincelados com elementos lendários e fabulosos, é possível extrair deles um espírito do que tenha sido o Jesus real e, mais importante para nós, de seus ensinamentos espirituais, transcendentais.

Analisamos alguns textos modernos que pretensamente pertenceriam ou referiram-se a Jesus. O Evangelho Aquariano de Jesus, o Cristo (Levi H. Dowling), A vida de São Issa (transcrito por Nicolas Notovitch), Jesus Viveu na Índia (Holger Kersten) e por fim as Cartas de Cristo. Todos eles se demonstraram incongruentes com Jesus e com as verdades existenciais e espirituais que o buscador percebe por si mesmo. Eles não têm as pegadas do mestre.

O mais recente desses, as Cartas de Cristo foram muito bem recebidas, especialmente no Brasil, talvez o país em que o Espiritismo Kardecista mais tenha se popularizado e influenciado as pessoas, com muitas delas se demonstrando receptivas a comunicações mediúnicas. Mas acontece que, embora essas cartas tenham um tom espiritual e tragam elementos válidos do caminho, trazem também enganos que as caracterizam como ditadas por um espírito não-autorrealizado. Considerando, também, que a forma de comunicação e linguagem apresentadas nas cartas não têm a assinatura de Jesus, conclui-se que elas não podem ter sido transmitidas por ele.

Outros tópicos em Prefácio

• Bastidores do “Caminho de Jesus”

Conheça também

A semente de mostarda (Osho)

A semente de mostarda é uma coleção de 21 discursos proferidos em 21 dias seguidos por Osho em Poona (Índia) em 1974 sobre ensinamentos de Jesus presentes no Evangelho de Tomé, que teve seu mais completo manuscrito descoberto em escavações em dezembro de 1945, próximo a Nag Hammadi, no Egito.

Osho lança luz para além da interpretação teológica convencional sobre as palavras de Jesus presentes neste documento, que permaneceu totalmente marginalizado pela Igreja, não obstante possua muitas passagens em comum com os evangelhos canônicos, como a própria parábola da semente de mostarda

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