2. Bastidores do “Caminho de Jesus”

Este site sempre foi sobre compartilhar o que encontrei de proveitoso no caminho de autoconhecimento.

Mesmo sendo difícil expressar em palavras experiências subjetivas profundas e a quantidade de informações e realizações excederem em muito meu tempo e capacidade de publicação, busco reproduzir nele ao menos as partes mais importantes, enquanto dou uma certa prioridade à disponibilização (e às vezes tradução) de livros e manuscritos, que é uma forma de liberar previamente informações que ajudam no processo de autoconhecimento de todos nós. E é isso que estou fazendo novamente agora…

Em agosto do ano passado, enquanto até estes entre nós que nunca se ligaram muito em política fomos influenciados pela psicosfera eleitoral, eu ainda pude – na maior parte do tempo – estar voltado para o reino interior, e parte do que percebi se relacionava a Jesus e ao Cristianismo.

Como quase todo brasileiro, de formação cristã (primeiro católica e posteriormente evangélica), desde muito novo eu lia determinados trechos dos evangelhos e não conseguia entender como Jesus poderia ter dito aquilo – ficava procurando se em outras traduções da Bíblia era aquilo mesmo que estava escrito – e era; pensava que talvez o que Jesus realmente disse foi mal interpretado ou transcrito, mas não tinha nem conhecimento espiritual (ou autoconhecimento) nem conhecimento intelectual suficientes para levar adiante a questão, e tampouco encontrava nos líderes e livros cristãos do meu conhecimento quaisquer vislumbres que fugissem à milenar tradição bíblica.

O conhecimento espiritual chegou – e segue – e através de minha própria realização pude perceber a verdade existencial de diversos ditos de Jesus, que só poderiam ser proferidos por alguém que conheceu, como foi percebido por “conhecedores” como Osho, Eckhart Tolle e Yogananda.

Então este ano resolvi colocá-lo no papel ou, dito melhor, na tela. Mas, pensei, se eu realmente quiser escrever sobre o que considero O Caminho de Jesus, seria prudente no mínimo pesquisar o que já está sendo escrito acerca do Jesus real.

No informativo anterior, eu falei sobre alguns escritos “alternativos” que reivindicavam autoria ou descrição de Jesus – todos falsos. Neste, o movimento é de apresentar o que está sendo produzido de maneira autêntica por pesquisadores e escritores sérios, todos eles de origem e formação cristã. E, você pode se surpreender, lendo ou ouvindo estes livros é possível, usando somente a via intelectual, desembaçar-se de dois milênios de mistificação e doutrinação em massa. Se este for o seu caso, a leitura de algum(ns) deles pode ajudar.

Em Onde a Religião Termina?, o ex-padre católico Marcelo da Luz apresenta em primeira mão inúmeros problemas estruturais da Igreja Católica, do Cristianismo, alguns dos quais em comum com outras religiões. Veremos neste e nos livros que seguem que o estudo dos evangelhos é indissociável ao estudo do próprio Cristianismo.

Bart D. Ehrman é um teólogo que, como a maior parte dos cristãos, tinha a Bíblia como a palavra inequívoca de Deus, mas ao investigar os manuscritos que a compõem percebeu que nem tudo era o que parecia. Os dois livros dele que recomendamos, O que Jesus disse? O que Jesus não disse? Quem mudou a Bíblia e por quê? e Quem Jesus foi? Quem Jesus não foi?: Mais revelações inéditas sobre as contradições da Bíblia são provavelmente o melhor ponto de partida para quem quer conhecer o Jesus real.

Complementarmente a Ehrman, você pode se interessar também pelas obras da professora e historiadora da religião Elaine Pagels – que têm um toque mais sensível, feminino e até devoto do que o primeiro, mas sem perder a sobriedade investigativa. As Origens de Satanás: como os cristãos demonizaram judeus, pagãos e hereges é muito elucidativo a respeito dos confrontos, além de físicos, ideológicos que os primeiros cristãos travaram, e seu reflexo nos manuscritos do Novo Testamento. Caso você goste da abordagem da autora e queira conhecer mais sobre o Cristianismo Primitivo e os próprios evangelhos canônicos, também são elucidativos Além de toda crença: O evangelho desconhecido de Tomé e Os evangelhos gnósticos.

Textos complementares são os artigos Bíblia passada a limpo, de Vinícius Romanini para a Revista Superinteressante, e A traição de Judas: uma história mal contada de Paulo Neto, mesmo autor do livro Os profetas previram episódios da vida de Jesus?.

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