Esperando por Godot é uma peça de 1955 do escritor irlandês Samuel Beckett sobre dois homens, Vladimir e Estragon, à espera de um terceiro homem, Godot, que nunca chega.
A peça é um exemplo típico do Teatro do Absurdo, e as pessoas usam a frase “esperando Godot” para descrever uma situação em que estão esperando que algo aconteça, mas provavelmente nunca acontecerá.
Waiting for Godot em ldoceonline.com
Na grande obra de Samuel Beckett, Waiting for Godot (Esperando por Godot ou Esperando Godot), acontece este pequeno incidente. Reflita sobre isso.
Dois vagabundos, Vladimir e Estragon, estão no palco. Eles estão lá para esperar – assim como todo mundo está esperando – ninguém sabe exatamente o quê. Todos estão esperando, torcendo para que algo aconteça: hoje não aconteceu, amanhã vai acontecer. Esta é a mente humana: o hoje está sendo desperdiçado, mas espera que amanhã algo aconteça. E aqueles dois vagabundos estão sentados debaixo de uma árvore e esperando… esperando por Godot.
Ninguém sabe exatamente quem é esse Godot. A palavra soa como God [Deus], mas apenas soa, e na verdade os deuses que você espera são todos Godots. Você os criou porque é preciso esperar por alguma coisa; caso contrário, como você tolerará a existência? Para que? Como você vai adiar a vida? Como você terá esperança? A vida se tornará intolerável, impossível, se não houver nada pelo que esperar. Alguém está esperando por dinheiro, e alguém está esperando por poder, e alguém está esperando por iluminação, e alguém por alguma outra coisa; mas todo mundo está esperando. E as pessoas que esperam são as que sentem falta.
Esses dois vagabundos estão ali apenas para esperar. O que eles esperam é a vinda de um homem, Godot, de quem se espera que lhes forneça abrigo e sustento. Enquanto isso, eles tentam fazer o tempo passar com conversa fiada, piadas, jogos e pequenas brigas….
A sua vida é assim: enquanto isso, estamos ocupados com pequenas coisas. A grande coisa vai acontecer amanhã. Godot virá amanhã. Hoje estamos brigando – a esposa com o marido, o marido com a esposa. Coisas pequenas, ‘conversas fiadas, piadas, jogos… tédio e vazio’. Hoje é isso que todos sentem: tédio, vazio… ‘Nada a fazer’ é o refrão que ressoa continuamente… Eles dizem repetidamente ‘Nada a fazer’, mas depois se consolam , ‘mas amanhã ele vem.’ E na verdade ele nunca lhes prometeu, eles nunca o conheceram – é uma invenção. É preciso inventar; para sair da miséria é preciso inventar o amanhã e algo em que se agarrar. Seus deuses, seus céus, seus paraísos, seus mokshas, são todos invenções. O Tao não fala sobre eles.
Esta peça de Samuel Beckett, Esperando por Godot, É essencialmente taoísta.
Osho em Tao: O Caminho sem caminho, Vol 1 (cap. 1, p. 9-10)
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